11/29/2016

Precisamos falar sobre a PEC/55



Sei que temos um publico formado por jovens, e acho de extrema importância que fiquemos cientes do que se passa em nosso país. Quem acompanha jornal, ou algum outro meio de notícia, sabe que a nossa querida Câmara de Deputados realizou uma tramitação no dia 10 de Outubro de 2016, e a PEC/55 (até então PEC/241) foi aprovada no primeiro turno por 359 votos a favor, contra 111 contrários e duas abstenções. Sendo assim, no dia 25 de Outubro de 2016 ocorreu o segundo turno, e a PEC/55 foi aprovada novamente por 359 votos a favor, e 116 contrários e duas abstenções. A PEC/55 nada mais é que uma Proposta de Emenda Constitucional, em outras palavras, a tentativa de cortar gastos e colocar o pobre para pagar. Os únicos favorecidos nessa proposta são os ricos, e os filhos dos ricos. Os únicos que irão pagar por isso será a classe baixa. Querem decidir o nosso futuro por nós mesmos, e por nossa vez, devemos ficar calados. 

A PEC é um desrespeito contra o pobre. A PEC é um desrespeito contra os nossos filhos, e contra os filhos dos nossos filhos. Como diz o nosso queridíssimo Dep. Nelson Marquezelli: Quem não tem dinheiro não faz faculdade. Depois de palavras tão sábias, já dá para ter certeza de quem será prejudicado, não é?! A PEC/55 é de fato uma ameaça à educação e à saúde pública. E se me permitem “escrever", a saúde pública não é uma das melhores, não é mesmo?! Agora imagine o estrago que esse congelamento fará?

Nós, estudantes, não poderíamos deixar por isso mesmo. E então, começamos a realizar ocupações. Portanto, se você acha que é coisa de “vagabundo”, pare por aí. As ocupações servem para discutirmos sobre o nosso futuro. É algo que diz respeito a nós. A escola é nossa. Devemos lutar pelo que é nosso por direito. É a nossa tentativa de fazer com que a nossa voz seja ouvida. Coisa que a mídia não mostra. Sendo assim, rola toda uma manipulação. Os estudantes são tachados como vagabundos em rede nacional, e os políticos são os bons. Se a sua ideia sobre ocupação é desordem, e jovens que não tem o que fazer. Aconselho que procure participar de umas dessas ocupações uma vez na vida. Pesquise sobre a PEC/55. Se coloque no lugar de toda uma geração que está tendo os seus direitos e o seu futuro ameaçados. Pense como um ser humano.

Eu tenho 14 anos. Faço parte de uma família que conseguiu tudo que possui por meio de muita luta. Me aterroriza o fato de não só a luta de minha família ir por água abaixo, mas a luta de outras famílias. A luta do filho do pobre para entrar em uma faculdade. A luta de um pai ou de uma mãe de família em ser atendido pelo SUS. E praticamente esperar a morte. Saber que independente do estado de saúde, um ser humano terá que trabalhar até a morte, também é aterrorizante. Tudo isso é extremamente aterrorizante e triste.

Eu espero que criemos consciência, e vejamos além. Espero que enxerguemos a manipulação por trás de tudo. ESPERO que enxerguemos que a PEC/55 nada mais é que uma ilusão. 


Por: Sara Paloma
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Acontece - PEC/55 “A PEC e o Brasil: E eu com isso?”



A Turma da Cidadania do 8º ano realizou um Bate-Papo no dia 22/11/2016, aberto a alunos e professores, sobre a PEC/55 chamado “A PEC e o Brasil: E eu com isso?”. Para isso, foram convidados dois professores, e três estudantes da UNEB, que falaram sobre a PEC/55, e esclareceram duvidas de alunos. Ainda na mesma tarde, o aluno Robert William cantou e o ex-aluno John Herbert o acompanhou no violão. E também, recebemos o grafiteiro e professor Pinho Blures, que deixou sua marca em nossa escola.

Tenho que falar que foi de extrema importância esse Bate-Papo sobre a PEC, e a ideia foi realmente genial. É raro ver isso em escolas públicas. E a iniciativa vinda de alunos, é outro ponto muito importante. Não se vê muito disso hoje em dia, né?! Foi uma tarde extremamente esclarecedora. Acredito que não só expandiu a minha mente, mas também a de outros alunos. Foi incrível, desde Pinho nos banhando com o seu talento, até os professores que se prontificaram em nos dar a oportunidade de aprender mais. E aproveitando que estou falando sobre coisas incríveis, realmente preciso falar sobre uma pessoa incrível: Professor Antonio Alves. Eu nunca vi professor mais esforçado em fazer com que os alunos aprendam mais. Em fazer com que os alunos se interessem mais. Em fazer com que os alunos SEJAM MAIS. Acredito que não só eu e a Turma da Cidadania somos gratos, mas sim todos que foram e são seus alunos. Todos que tiveram e têm a oportunidade de aprender com esse grande mestre que é o Professor Antonio Alves.  Por trás disso tudo tem uma estrutura, e essa estrutura é ele. Foi ele quem motivou. É ele quem motiva.



Agradecimentos:
Professor Ede
Professora Nívia
Professor Pinho Blures
Ítalo, aluno do 9o. Ano B

Estudantes da UNEB: Rafael, Marcele e Kenedy. 

Por: Sara Paloma 
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11/26/2016

Jovem Pergunta - Nelson Bastos






O Colégio Estadual Maria José Bastos Silva completou 50 anos de história. E como não poderíamos deixar “passar em branco”, realizamos um Bate-Papo com o Sr. Nelson Bastos, filho da Professora Maria José Bastos Silva, pessoa que deu nome a essa instituição escolar.

Confira a seguir!

Para o senhor como é ter um Colégio com o nome de sua mãe? Porque ela não era só uma professora, ela era sua mãe. Deve ser bastante gratificante, né?
Com certeza. Inclusive eu me sinto muito honrando por ter escolhido o nome da minha mãe para ser o nome do colégio. Isso já representa uma maior responsabilidade da minha parte por ser filho e pela conduta. Porque eu também sou formado em professor de magistério, mas nunca exerci. Então eu me sinto muito honrado e me sinto muito feliz também. E hoje foi assim... Uma bênção! Está aqui foi maravilhoso. Não tenho palavras para explicar. Para mim foi muito importante.

Uma palavra que sua mãe falou pro senhor, ou algum conselho que o senhor vai levar para o resto da sua vida?
Em meus escritos eu coloquei uma coisa que eu achei muito importante que ela falou. E ela falou assim: Querido filho estude sempre, porque o saber não tem limite. Eu achei isso maravilhoso e eu cultivei isso. Então troquei os estudos pela leitura que tem me ajudado muito, inclusive nas fotografias. Hoje eu sou um autodidata, e hoje eu chego a essa conclusão. Mas foram muitos ensinamentos da minha mãe, me sinto muito feliz e muito honrado de ser filho dela. (Maria José Bastos Silva) ainda mais tendo um colégio com esse nome.

Nós sabemos que ela foi uma grande pessoa. Não só para os estudos como para o ensino. Foi uma pessoa que se dedicou bastante aos seus alunos. Mas eu queria saber: como era Maria José Bastos Silva como mãe?
 Quando minha mãe faleceu, eu tinha por volta de 12 aos 13 anos. Então é como eu acho até hoje, é uma idade perigosa. Mas esse tempo de vida que ela teve me serviu de base em muita coisa. Foi assim uma estrutura emocional, estrutura psicológica. Porque minha mãe era uma pessoa muito exigente. Acho que perfeccionista até. Ela fazia questão da trazer aquela pedagogia talvez para dentro de casa. Então ela foi uma mãe muito aplicada. Pena que eu tive mais tempo por causa do falecimento prematuro dela, ela faleceu com seus 42 ou 44 por aí.

A memória da sua mãe é algo que motivou ou te motiva a saber mais? A estudar?
Sim. Eu estou sempre estudando. Até porque é como ela falou: O saber não tem limite. Então eu quero saber mais, e eu gosto muito de aprender. Eu não me importo em aprender.

O senhor poderia deixar uma mensagem para os 50 anos do Maria. Parabenizado o colégio por ter chegado até aqui? Porque tem colégio que nem dão certo.
Que continue esse trabalho, e que não deixe esse trabalho acabar. Porque escola é educação. Eu acho que uma coisa constante, né? E que isso não se acabe. E que seja perpetuado; hoje com os professores; amanhã com os alunos e vice-versa, né?  Então que os professores hoje passem para os alunos, e que os deem essa continuidade. Eu sei que é um caminho difícil, um caminho cheio de pedras às vezes. Mas eu acho que vale a pena. É como diz um poeta famoso: Tudo vale à pena quando a alma não é pequena.

Eu volto a dizer que eu achei tudo maravilhoso, me sinto muito honrado de estar aqui. Agradeço a vocês alunos, agradeço aos professores, agradeço a minha mãe. Mas principalmente agradeço a Deus. Acho que ele é à base de tudo. O criador de tudo. Então eu só tenho que agradeço a vocês por esse momento aqui.


Por: Milena Silva e Sara Paloma. 
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A Natureza






O que podemos dizer da nossa linda e bela natureza?

Quando penso em natureza, já imagino um lugar cheio de arvores, animais, sem a tal da poluição. Mas podemos dizer que ela é mais que isso. Sim. Sim. Muito mais. A natureza é vida, é algo inexplicável. Pra ser sincera, a nossa natureza é a coisa mais bela e intensa para nós humanos.

A verdadeira realidade hoje é que a nossa natureza está sendo devastada, e dilacerada por nós. Estamos destruindo a nossa vida. Estamos destruindo a nós mesmos, com a nossa ganância, com a nossa mediocridade, com a nossa falta de responsabilidade.

Aonde temos que chegar pra vocês acordarem? Vamos pensar nas nossas crianças. Vamos pensar no quê vai acontecer se a natureza “desaparecer”.

O desmatamento, a extinção de animais, e a poluição estão acabando com nossa linda natureza. Nossos animais estão sendo extintos cada vez mais. O desmatamento está tornando-se cada vez mais normal, e a poluição pior ainda.

Vamos cuidar. Zelar. Proteger.
A nossa natureza merece o nosso melhor. Portanto, sejamos melhores, por favor.

Por: Maria Gabriele
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11/05/2016

Acontece - 50 anos!



Faltam palavras para descrever o quão lindo foi essa confraternização. É indescritível. Foi uma noite de encontros e reencontros.

A nossa escola completou 50 anos! Não foram 50 horas, nem dias, nem semanas, foram 50 anos! E cada vida que compareceu que fez e faz parte da história da escola, pôde ter esse momento. Um momento onde foi respirado lembranças. Ruins e boas memórias. Um momento único, porque não é todo dia que uma escola completa 50 anos de história. Foi um momento pra sentar e falar “Poxa! É verdade, né? 50 anos! Eu faço parte disso aqui!”

É gratificante poder dizer que como aluna, eu tive o prazer de participar desse momento. De ver além. De ir além.  É gratificante saber que UM DIA poderei dizer aos meus filhos que fiz parte da história do Maria José Bastos.

O Maria é mais que uma instituição escolar, é uma FAMÍLIA. E eu pude ter certeza disso depois dessa confraternização.

Eu só quero agradecer a cada um por ter feito uma noite qualquer se tornar algo tão especial. Uma memória tão especial.

E por fim, quero dizer que amo todos vocês! 

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10/31/2016

Jovem Pergunta - Professora Iraci Gama



Realizamos um Bate-Papo com a Professora Iraci Gama com o intuito de esclarecer as nossas duvidas em relação à escola. Ela por sua vez, além de esclarecer as nossas duvidas, nos passou um pouco de seu conhecimento. Além de saber sobre a escola, é claro, fizemos algumas perguntas sobre a mesma, e ela respondeu a todas com toda a sua simpatia e bom humor. 


Confira a seguir!

Somos do Blog do Colégio Estadual Maria José Bastos Silva. Feito por alunos, para alunos. E como todo adolescente, nós queremos saber um pouco sobre a história da nossa escola. Temos esse interesse, sabe? Para compartilhar com outras pessoas também, o que foi passado para nós. Mas antes de fazermos algumas perguntas sobre a escola, queremos saber: Quem é Iraci Gama, para Iraci Gama?
Eu me considero uma pessoa que veio de uma família ferroviária. Nasci e me criei no meio da luta dos ferroviários por dias melhores. E fui formando a minha tendência política a partir daí, ou seja, sempre preocupada que o trabalhador tenha os seus direitos garantidos, que a justiça social aconteça, e que a gente saiba que é importante conhecer esses direitos e reivindicar tudo que é direito, e também praticar os seus deveres. Então, esse esquema onde eu aprendi a ser gente, me fez deixar de ser uma criança, pra ser uma adolescente que começava a despertar pra vida no meio de uma sociedade, aqui em Alagoinhas, onde a categoria dos ferroviários era a categoria melhor organizada. Depois dos ferroviários veio vindo a Petrobrás, e aí os petroleiros também organizados, o comercio também foi se organizando. A área educacional já de algum tempo que tenta, mas foi demorando mais na organização, mas também foi se organizando e eu fui tendo a oportunidade de ir contribuindo já com essa formação que eu recebi, e contribuindo também, na formação de outras pessoas, e de outros...digamos assim, sindicalistas, na intenção de ir formando e organizando pessoas que pudessem contribuir pra sociedade. De modo que por mais que eu tenho saído do esquema da ferrovia, fui fazer um curso de magistério, depois fui fazer o curso de graduação, e fiz mais um curso de graduação, e depois um curso de pós-graduação, e continuei lutando na área da educação e na área da cultura, na área social. Mas a minha base de formação como pessoa aconteceu aí, no ambiente da minha família no meio dos ferroviários que trabalhavam, e que honravam o seu trabalho. E que desenvolviam esse potencial de que é importante você ser membro de uma sociedade, contribuir pra essa sociedade, e ter a disposição de colocar sempre esses valores: O valor da decência. O valor da honestidade. O valor da seriedade, e do respeito ao próximo. Essas coisas que formaram a minha raiz. Então eu me considero uma pessoa simples, e que vou continuar sendo simples, e espero até que o dia que deus quiser andar por aqui, sendo assim: simples.

Antes de tudo meus parabéns pela senhora ter conseguido o cargo de vice-prefeita da cidade. Qual plano a senhora tem para Alagoinhas quando assumir o cargo em Janeiro?
Olha, nós não temos planos isolados, porque nós somos uma co-ligação, eu sou do PV. O PV montou uma estrutura (chamada de Plano de Governo), um conjunto de propostas, e esse conjunto de propostas foi apresentado ao DEM, que é o Partido do Dr. Joaquim Neto, que foi o candidato a prefeito, e nós fizemos varias discussões, e do resultado dessas discussões vingou um plano que nós estamos considerando como uma proposta de governo. Mas não como algo que a gente diz que vai realizar. Primeiro, porque a gente pretende ouvir. Nós queremos ouvir as instituições. Queremos ouvir as associações. Queremos ouvir as categorias. Então aquilo que a gente botou ali, foi com base em algumas ideais. Particularmente essa área cultural, assim.. Educacional, tem uma parte assim... Muito voltada para o social, no que se refere às comunidades, no que se refere às quilombolas, no que se refere não apenas quanto à questão dessa raiz cultural, mas também ao que se faz com essas comunidades. É uma coisa que me preocupa muito, mas tudo isso que a gente colocou aí, foi em face de uma experiência de vida de um conjunto de informações que a gente obtém na VLI, e estamos então já agilizando algumas coisas, antes mesmo de tomar posse. Mas aquilo que já foi amplamente discutido, já dá pra caminhar.

Qual o objetivo da FIGAM?
A FIGAM cumpre um objetivo velho (velho em termos de tempo), porque nós estamos representando um ideal que nasce por volta de 1978. Naquele tempo, nós tínhamos um trabalho na faculdade, e nesse trabalho aceitamos uma sugestão da Fundação Cultural do Estado pra realizar um contato com os artistas da terra, e começamos então a organizar esse material que chamamos hoje de acervo. Esse acervo cultural que representa um pouco da nossa memória. Então, como isso começou naquele tempo, sempre que fomos realizando uma exposição, e alguém trazia mais alguma coisa o acervo ia aumentando. Depois íamos fazendo pesquisas, ou encontrava matérias nos jornais, preparava um banner, montava um esquema. Aparecia alguém que tinha feito uma maquete, a gente providenciava trazer essa maquete, e assim esse acervo foi se ampliando. E de 1978 pra cá, nós tivemos, em 1978 era um grupo de estudantes, do Curso de Letras e do Curso de Estudos Sociais que eram os dois cursos da época. Depois também algumas pessoas da comunidade, alguns artistas. Em 1980 nós criamos o grupo Pró Memória de Alagoinhas. Em 1985 criamos a Casa da Cultura de Alagoinhas, e aí tivemos que sair do prédio, porque vinha o Curso de História a noite, e nós fomos para a Academia La Dance, de Jô Correa. A primeira sede da Casa da Cultura foi na Academia dela. E da Casa da Cultura nós criamos a Secretária de Cultura, e acreditamos que assim o apoio oficial da prefeitura o movimento cultural deslancharia e não precisaria de nós, mas isso não foi verdade. Aí, vai lá, vem cá, criamos a FIGAM. Na verdade, nós nem criamos a FIGAM. A FIGAM dizem que é uma homenagem, eu nunca vi homenagem mais complicada, viu?! Mas é uma homenagem que um professor da UNEB quis me prestar. Ele já tinha um material preparado, com a fundação com o nome dele Luiz Ademir, e aí mandou para um grupo que era ligado a mim, que era o grupo de Chico Reis, e eles assumiram. A fundação tem o objetivo de manter toda essa tradição que veio da Faculdade, da Casa da Cultura, da Secretaria, e de trabalhar a memória da cidade, de fazer regastes, exposições, colocar o material a serviço da comunidade que é isso que acontece aqui.

Fugindo um pouco do assunto. Quais informações a senhora pode nos oferecer em relação à história do Colégio Estadual Maria José Bastos Silva?
A história do colégio, eu diria o seguinte: É um costume já antigo, dar a colégios nomes de pessoas importantes para a comunidade. Os colégios são construídos em função de estudantes naquela faixa etária. Pequenas escolas como acontece na zona rural, ou fazer escolas maiores quando vai atender uma quantidade maior de estudantes, ou quando, no caso de vocês o Maria José Bastos atendia somente ao chamado ensino secundário, que hoje é chamado fundamental. O fundamental um, que hoje é do município. Todo fundamental, na verdade, é responsabilidade do município, e o colégio de vocês é responsabilidade do estado. Quando ele foi construído, como de costume, a construção já implica também em buscar uma identificação. E Maria José Bastos foi escolhida, porque ela foi uma professora daqui de Alagoinhas. Ela foi minha professora, quando eu fiz o 4º ano primário. A escola dela era no 13 de maio, inclusive a escola dela se chamava 13 de maio. Ela era uma pessoa muito educada, muito meiga, muito jeitosa, e eu sempre fui uma aluna muito agitada. E Maria José Bastos tinha uma paciência.. E eu conheci a família dela, Clovis Teles, que era o marido dela. Era um homem muito culto, muito preparado. Ele foi secretario de governo aqui, no tempo de Murilo Cavalcante. Mas ele, este homem assim, politicamente preparado, era um poeta também. Então, esse Clovis Teles era casado com Maria José. Agora, eu infelizmente não tinha muitas informações, porque quando eu fui aluna dela, eu tinha dez anos. A lembrança que eu tenho de Maria José é uma lembrança doce, porque ela, na verdade, o apelido dela era Zezé.Eu considero que é muito valiosa essa homenagem que se presta a Maria José Bastos. 


Por: Milena Silva e Sara Paloma
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Jovem Pergunta - Professora Izete



Primeiramente, queremos agradecer a Professora Izete por sua colaboração. Por ter aberto um espaço em sua agenda para poder falar conosco. Muito obrigada!

Quando fui aluna da Professora Izete, eu não era muito comportada, admito. Mas reconheço que a Professora fez, e faz até o hoje um bom trabalho. Não só como professora, mas como um membro da escola. Não são todos que conseguem chegar tão longe. Admiro não só a profissional que a senhora é, como também admiro o ser humano.
Mais uma vez, obrigada!

Confira a seguir a entrevista!

Queremos um breve resumo sobre a história da escola. Não precisa ser necessariamente detalhado. Algumas informações. Se a senhora puder contar um pouco.

Como eu vim pra cá em uma idade muito “menina”, tem coisas que eu não lembro. Como por exemplo, o fardamento. Algumas coisas eu não lembro, mas posso dizer que a escola era isso aí mesmo, sem as salas novas, e sem o corredor. Lembro que tinha a entrada, sem aquele portão, praticamente não tinha muro. As portas nas entradas, eram lá pela frente mesmo, não era aqui por dentro do corredor. Onde você pode ver alguns lugares “vazados” nas salas, ali era a porta. Cada sala do lado mais alto tinha uma escada. Uma escadaria que nós subíamos, e ao mesmo tempo uma escadaria que nós descíamos. Então era dessa forma. Com o passar do tempo esses detalhes foram tirados, né?! O telhado, na época, era Eternit. Teve um momento que aconteceu uma chuva muito forte, com muito vento, trovoada, e esse telhado todo foi açoitado para as poucas casas que tinham ali. Eu lembro que em frente à escola não tinha casa nenhuma, era uma fazenda. Eu lembro algumas coisas.. a questão do aprendizado. Hoje eu sou fruto da escola pública, passei pelo primário, sai daqui na 5ª série do primário, e fiz uma prova de admissão, e fui pro Estadual. De lá fiz o meu 1º grau, 2º grau, e de lá fui pra UNEB. E assim, toda a minha vida acadêmica foi em uma escola pública, então, tenho que dar nota dez para a escola pública. E também, eu busquei isso, procurei estudar. Também tem a questão dos professores. Antigamente, eram aqueles professores um tanto rígidos. Eles queriam que o aluno estudasse, queriam que o aluno se desenvolvesse. Então tudo isso aconteceu. Foi um conjunto de coisas. E na época também, teve a questão da família. A família “chegava junto”. A família exigia, cobrava. Eu tenho muitos colegas hoje que eles estão com as vidas arrumadíssimas. Na Petrobras, Correios, enfermeiro, Policia Militar, vários deles. Conheço muitos professores.

Como é voltar pra escola que a senhora estudou, mas agora como professora?
Pra mim é muito gratificante. Trabalho com muito prazer aqui. Porque naquela época eu pude ver a minha necessidade como aluna, de meus pais não terem condição financeira, e eu estudar aqui. E hoje eu vejo que muitos alunos, MUITOS, também passam pelo mesmo problema que eu passei: A necessidade. Enquanto outros têm esse ajuste, mas vejo outros também que precisam, pelo ao menos, da nossa atenção. Compreenderem o conteúdo. Ter noção do conteúdo. Ás vezes eu fico triste porque nas quintas séries eu vejo alunos que vem do primário sem uma boa base. É onde eu vejo a dificuldade desse aluno. O aluno precisa ter uma boa base.

Como era o ensino quando a senhora estudou no Maria José Bastos?
Sempre há mudanças. Sempre. Mas eu lembro que naquela época o aluno só saia da 4ª série se soubesse ler, escrever, e dominar as quatro operações. Quem não soubesse não saia da 4ª série, repetia independente da opinião dos pais. Tinham pais que exigiam. Hoje é um pouco diferente, né?

Teve algum momento no tempo que a senhora estudou aqui, ou até mesmo ensinando que marcou?
Estudando eu pude ver, assim.. Colegas meus da época com a vida organizada. Isso aí é um resultado do estudo. Porque o estudo engrandece o sujeito, quem dá uma vida realmente melhor para o cidadão é o estudo. Quem quiser ter sua vida organizada futuramente, precisa estudar. Eu me lembro que meu pai falava muito isso: “Olha tem que estudar! Eu não tive oportunidade para estudar, mas vocês..Vão estudar! Porque quem dá alguma coisa na vida é o estudo”. Através da fala também de meus pais, eu pude ver isso. E hoje, temos alunos que saíram daqui recentemente que conseguiram se organizar. Até mesmo passar no ENEM e ir para a faculdade.

A senhora poderia deixar uma mensagem positiva sobre os 50 Anos da Escola?
Assim... A minha palavra no momento é que a escola é feita por todos. Não é somente um aluno. É um conjunto: Aluno, professores, tem o corpo docente, o corpo discente, e o pessoal que também faz um bom trabalho. O suporte da limpeza, a merenda escolar. A minha palavra positiva neste momento é que nos empenhemos para a escola pública ser até melhor. Que façamos como pessoas, com a responsabilidade em mãos de ser orientadores, que façamos um bom trabalho. 



Por: Milena Silva e Sara Paloma

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